Igreja de Santa Susana em Roma
Santa Susana, virgem e mártir
Suzana era prima de Gaio Aurélio Diocleciano, que se tornou imperador em 284. Suzana, tal como o imperador, era natural da Dalmácia (hoje, Croácia). Suzana tinha três tios sendo eles Caio, Máximo e Cláudio. Caio e Gabínio eram padres cristãos e Suzana também seguia a religião cristã numa época em que o Cristianismo não era ainda legalmente reconhecido pelo estado romano.
Máximo e Cláudio faziam parte do governo romano e eram seguidores da antiga religião de Roma. Em dezembro de 283, Caio foi eleito bispo de Roma, e serviria como Papa até à data da sua morte, em abril de 296.
No império Romano, cada imperador deveria indicar um governador menor, também conhecido como "César", que o iria suceder um dia mais tarde. Diocleciano nomeou Maxêncio Galério e na primavera de 293, Diocleciano anunciou o noivado de Maxêncio Galério e a sua prima Suzana uma vez que pretendia incluir o jovem general na sua família casando-o com a única jovem solteira na família. Suzana recusou a proposta de casamento, decisão que teve a aceitação do seu pai e do seu tio Caio, então Papa. Os tios não cristãos de Suzana, tentaram persuadi-la uma vez que o casamento a tornaria futura imperatriz.
O jovem general Maxêncio, dirigiu-se a casa de Suzana, com o intuito de a persuadir a casar, no entanto a insistente recusa de Suzana levantou a suspeita de que ela e outros membros da sua família fossem cristãos. Suzana foi então chamada ao Fórum Romano a fim de provar a sua lealdade ao estado, com um acto de adoração a deus Júpiter. Suzana recusou confirmando que ela e os outros membros da família seriam cristãos revelando que recusou a proposta de casamento por querer manter o seu compromisso com Cristo e porque havia tomado o voto de virgindade. Quando Diocleciano tomou conhecimento da recusa e das razões, ficou furioso e ordenou a sua execução.
Suzana foi decapitada em sua casa e o seu pai Gabínio foi preso e passou fome até morrer na prisão. A restante família foi martirizada. O único sobrevivente foi o Papa Caio, que conseguiu esconder-se nas catacumbas.
Em 330 foi construída uma basílica sobre a casa de Suzana inicialmente denominada de Basílica de São Caio em honra ao Papa que lá tinha residido tendo os corpos de Suzana e seu pai sido transladados das catacumbas para o interior da igreja.
No ano 590, o Papa São Gregório, em reconhecimento ao culto devocional que havia crescido ao redor do túmulo de Santa Suzana, renomeou a Basílica em sua honra de Santa Susanna.