terça-feira, 30 de agosto de 2011

Santa Margarida Ward e companheiros, mártires ingleses

CONTEXTO HISTÓRICO

          No Ato de Supremacia, de 1534, na Inglaterra, constava que o Rei era o chefe supremo da Igreja da Inglaterra, podendo examinar, reprimir, corrigir erros, heresias, abusos, ofensas e irregularidades, a fim de conservar a paz, a unidade e a tranquilidade do Reino.
        A evoluçao da Igreja, na Inglaterra, oscilou entre Luteranismo, Calvinismo e Catolicismo. Com Elizabeth I a Igreja Anglicana adquiriu definitivamente suas características. Durante a consolidação dos Estados nacionais, a intolerância religiosa se apoiou no pensamento de que a religião do povo deveria ser a religião do príncipe.
        Houve intolerâncias por parte de católicos e de protestantes. Se, de um lado, se fala de Inquisição, de outro se pode falar, por exemplo, que o teólogo Michel Servet foi queimado vivo, em 1553, em Genebra, por instigação de Calvino, e que os católicos foram perseguidos na Inglaterra até o século 19, não gozando de direitos políticos. Nesse ambiente viveu Santa Margarida Ward e seus companheiros.
        Ao longo do século XVI ocorreram diversas guerras e perseguições supostamente religiosas. Mas a religião foi mais pretexto, pois os verdadeiros motivos eram posse e dominação.

A SANTA

        Entre 1535 e 1681 a Inglaterra teve 340 pessoas martirizadas. Margarida Ward, britânica, era de família nobre. Ela foi presa, juntamente com seu criado irlandês, João Roche, por ter facilitado a fuga do Pe. Ricardo Watson, que estava sendo perseguido. O ano era 1588. Foi-lhes oferecida a liberdade se pedissem perdão à rainha Elizabeth e denunciassem o esconderijo do sacerdote. Tendo-se recusado a isso, eles foram acusados de traição. Por isso foram enforcados e esquartejados em Tyburn.
        Paulo VI canonizou 40 mártires ingleses em 25 de outubro de 1970. Entre eles está Margarida Ward, essa nobre de Congleton, no condado de Cheshire.
      Junto com ela foram martirizados ainda o beato Eduardo Shelley, um nobre de Warminghurst, no condado de Sussex, e o beato Ricardo Martin, outro nobre de Shropshire, graduado na Universidade de Oxford. Os três foram enforcados pelo mesmo delito.