quinta-feira, 21 de março de 2013

Beato Hipólito Galantini


         

         Natural de Florença, filho duma família de trabalhadores muito honesta, da qual herdou o amor ao trabalho. Era tecelão seguindo os métodos artesanais duma antiquíssima tradição florentina. Homem sério, honrado, discreto, dedicava os tempos de lazer à educação religiosa de crianças, especialmente de rapazes da rua. Para valorizar mais a sua arte, associou-se com outros artesãos do mesmo ofício e dotados de boas qualidades morais. No ensino da catequese mostrou tal aptidão, que foi nomeado mestre da doutrina cristã para e mais tarde pelo próprio papa Leão XI.
            Ansioso por mais perfeição, pediu para ser admitido entre os capuchinhos, mas devido à sua débil saúde não pôde realizar o seu sonho. Retomou então a atividade do ensino religioso com mais afinco, embora continuando a ajudar o pai no trabalho manual.
A 14 de outubro de 1602, num oratório oferecido pelos seus concidadãos, tomou o hábito de terceiro franciscano e fundou a Congregação de São Francisco de Assis para a Doutrina Cristã. E não tardou a estender a outras cidades essa obra apostólica. Autêntico filho do povo, Hipólito consagrou assim toda a vida ao apostolado da instrução religiosa das classes mais modestas. No aspecto prático dessa forma de apostolado é sem dúvida uma das figuras mais eminentes. Fizeram parte da sua congregação uma das figuras de altas classes sociais, que não mostravam relutância em se unirem a esse pobre operário para se tornarem mestres da catequese popular.
             Durante 14 anos foi atormentado por atrozes sofrimentos, que suportou com exemplar espírito de sacrifício e resignação. Faleceu em Florença a 20 de março de 1619, com 54 anos de idade, e o seu desaparecimento causou em todos grande consternação. Era tal a sua fama de santidade, que o sepulcro depressa se converteu em meta de devotas peregrinações. Acudia ali gente de todas as condições, a pedir favores a Deus por intercessão do seu bem-aventurado servo.