domingo, 24 de fevereiro de 2013

Beata Josefa Naval Girbés


Nascimento


           Josefa Naval Girbés nasceu em Algemesí na Ribera del Júcar a 32 km de Valência, Espanha, em 11 de dezembro de 1820. Seus pais Francisco Naval e Maria Josefa Girbés teveram cinco filhos dos quais Josefa foi a primeira. Ela foi baptizada na freguesia de São Tiago Apóstolo, no mesmo dia que em que nasceu e recebeu com nome o de Maria Josefa, mas era chamada pela maior parte das pessoas Pepa, ou Senhora Pepa. Em 10 de novembro de 1828 foi confirmada e, em seguida, recebeu a Primeira Comunhão.
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Educação


           Ela frequentou a escola da Educação, promovido pelo Capítulo Catedral. Desde a adolescência se consagrou ao Senhor, com um voto perpétuo de castidade. Enveredou no caminho da oração e da perfeição evangélica numa vida de simplicidade e caridade. Em seu compromisso de vida, dedicou-se generosamente às obras do ministério na comunidade paroquial.O decreto para a sua canonização, diz: “... a Serva de Deus teve a sua paróquia como Mãe na fé e na graça e, como tal, ela amou e serviu com humildade e espírito de sacrifício. Por isso mesmo, mostrava sincera veneração pelo seu pároco e confiou-lhe a sua direção espiritual; preocupava-se com a preparação, conservação e limpeza dos paramentos e ornamentos dos altares; todos os dias ele ia à igreja paroquial para participar ao Sacrifício Eucarístico mas distinguiu-se principalmente pelo seu apostolado inteligente e fecundo, que sempre desenvolveu de acordo com seus pastores, aos quais professava absoluto respeito e obediência...”

A sua ação apostólica

           Ensinava os pobres, aconselhava aqueles que vinham ter com ela, restabelecia a paz nas famílias desunidas, organizava reuniões em casa para ajudar as mães na sua formação cristã, encaminhava de novo na virtude as mulheres que se tinham desviado do caminho recto e advertia com prudência os pecadores. Mas a obra na qual centrava, sobretudo, os seus cuidados e energias era a educação humana e religiosa dos jovens, para os quais ela abriu em sua casa uma escola gratuita de bordado, mister em que era exímia. Aquela oficina converteu-se num centro de convivência fraterna, de oração, de louvor a Deus e de explicação e aprofundamento da Sagrada Escritura e das verdades eternas.


Ungida de amor maternal


          Com afeto materno a Serva de Deus foi para suas discípulos uma verdadeira mestra de vida, um modelo de amor ardente a Deus, uma lâmpada que dava luz e calor. Ela deu-lhes muitos exemplos de fé viva e comunicativa, de caridade diligente e alegre submissão à vontade de Deus, e dos superiores, bem como das principais preocupações para a salvação das almas, a prudência singular, a prática constante da humildade, a pobreza, o silêncio e a paciência nas adversidades e dificuldades. Era notório o fervor com qual cultivava a vida interior, a oração, a meditação, a aceitação das doenças e a sua devoção à Eucaristia, à Virgem Maria e aos Santos. Assim, contribuiu eficazmente a Serva de Deus no incremento religioso na paróquia.

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            Ela foi membro da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo e de S. Teresa de Jesus, e professavam uma grande devoção a São João da Cruz. Em casa de Maria Dolores Masiá, vizinha de Algemesí, conserva-se um quadro da Virgem do Carmo bordado a ouro e seda para sua mãe Vicenta Morán, quando apens tinha 9 anos, executado sob a direcção da Senhora Pepa. Ali se pode ler a seguinte inscrição: “Nossa Senhora do Carmo, Vicenta Morán, idade: 9 anos, ano 1893,”.Traz esta inscrição: Nossa Senhora de Carmen Morán Vicenta Ano 1893 Idade 9 anos. É o ano em que morreu a Beata, e este bordado artístico, dirigido por ela é uma das últimas amostras da sua devoção carmelita e mariana.Entregou piedosamente a sua alma a Deus em Algemesí em 24 de fevereiro de 1893. Seu corpo é conservado na igreja paroquial de São Jaime, da sua cidade natal. Em 25 de setembro de 1988 foi beatificada em Roma pelo Papa João Paulo II.