quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Santa Modesta de Trier, abadessa

             As poucas notícias que chegaram até nós sobre Santa Modesta são aquelas contidas num opúsculo “De virtutibus S. Geretrudis”, que narra os milagres de Santa Gertrudes de Nivelles († 659); este opúsculo foi escrito por um autor contemporâneo das Santas Gertrudes e Modesta e, portanto, confiável.
               Na segunda metade do século VII, no Mosteiro de Trier, na Alemanha, chamado “Santa Maria ad Horreum”, Santa Modesta viveu como abadessa, ela que desde a infância foi consagrada a Deus e tinha uma grande e espiritual amizade com Santa Gertrudes, embora nunca elas tivessem se visto.
               Depois de vários anos, enquanto Modesta rezava na igreja de seu mosteiro, diante do altar de Nossa Senhora, de repente ela viu diante do altar Santa Gertrudes, que lhe revelou ter falecido naquele mesmo dia e naquela hora.
               Após a visão Modesta ficou proibida de falar com alguém, e ficou em silêncio durante todo o dia. Na manhã seguinte, o Bispo de Metz Clodolfo († 667) veio ao mosteiro, e ela perguntou por notícias de Gertrudes, Abadessa de Nivelles, distante de Ohren de Trier, e como era a face dela; a descrição do bispo correspondeu ao da mulher da visão de Modesta e depois ela relatou ao bispo o que tinha acontecido. Clodolfo confirmou que a hora e o dia que Gertrudes faleceu, 17 de março de 659, coincidiam com a visão de Santa Modesta.
                Parece que Modesta foi a primeira abadessa do Mosteiro de Ohren de Trier, fundado por São Modoaldo († 640), na primeira metade do século VII.
                Santa Modesta faleceu no dia 4 de novembro de um ano em fins do século VII, e seu corpo era venerado, em 1769, na igreja da Abadia de Santa Irminia de Ohren; em 1770, a igreja foi destruída e reconstruída, mas nenhum altar foi dedicado a Santa. De acordo com os fiéis da região, as suas relíquias foram transferidas para a Igreja de São Matias, onde descansam misturadas com muitos ossos de santos.
                O seu culto está documentado pelo menos desde o século IX, e seu nome aparece entre as virgens na Ladainha dos Santos, nos calendários e livros litúrgicos de Trier e Utrecht.


Catedral de Trier, Alemanha