Beatriz nasceu na segunda metade do século XIII no solar feudal da nobre família dos Ornacieux, nos confins do Delfinado e da Saboia (Sudeste da França). Recebeu uma rica educação cristã que a levaria, com apenas 13 anos, a abandonar para sempre o mundo para entrar na cartuxa do Monte de Santa Maria, em Parménie (Isére, França).
Margarida d’Oingt, monja cartusiana que a conheceu, nos deixou uma vida escrita em Franco Provençal sob o titulo original: Li Via seiti Biatrix, virgina de Ornaciu A vida de Beatriz d'Ornacieux, religiosa de Parménie.
Segundo Margarida, desde o início como monja, Beatriz se destacou pela santidade de vida. Manifestou sempre muita caridade e uma profunda humildade de coração; procurava em tudo ajudar a suas irmãs de religião e manifestou uma grande capacidade para sofrer. Sua obediência extrema e sua fidelidade à vida de oração foram outros aspectos característicos de sua vida. Nosso Senhor lhe concedeu o dom das lágrimas e em tal grau, que esteve a ponto de perder a vista em várias ocasiões. Seu grande desejo foi sempre fazer a santa vontade de Deus. Um dia, diante do Sacrário, pedia a Nosso Senhor que a tirasse do mundo para se colocar a salvo dos contínuos ataques do demônio; porém, uma voz saída do Sacrário a proibiu desejar outra coisa a não ser fazer a vontade do Senhor. Então sentiu interiormente que seu desejo de morrer mudava em um imenso anelo de viver para a maior glória de Deus, e suplicou ao Senhor que lhe concedesse a saúde que em tantos momentos lhe faltava devido a suas numerosas enfermidades. Uma vez mais, a voz do Senhor se fez ouvir dizendo: “Recebe as consolações que te dou e não recuses os sofrimentos que te envio”. A partir de então, dirigida por estas comunicações divinas, não desejou senão aquilo que fosse da vontade de Deus, convertendo-se em um modelo de confiança e de abandono na Divina Providência.
Amou profundamente a penitência, expressão de seu amor pela Cruz. Se entregava a prolongados jejuns e a disciplinas. Foi especialmente devota da Paixão de Cristo e se diz que ela perfurou sua mão esquerda com um cravo para recordar melhor os sofrimentos da crucifixão.
Teve que suportar os assaltos frequentes do demônio, que em especial a tentava contra a virtude da santa pureza, colocando-a diante de representações obscenas, às quais sempre resistiu com invencível pureza de alma e de corpo. Em meio a estes ataques do inimigo e das vitórias da graça, sentia os consolos de Jesus e Maria. Em 1301 foi enviada, com três companheiras (Luisa Allemman de Grésivaudan, Margarida de Sassenage e Ambrosina de Nerpol), a Eymeux, na diocese de Valence, para fundar um novo mosteiro. Depois outras jovens ingressaram no mosteiro, apesar da extrema pobreza em que deveriam viver.
Beatriz faleceu em 25 de novembro de 1303, segundo outros em 1309. Quando duas das suas companheiras de fundação morreram, os seus despojos foram transportados para Parménie e conservados no Santuário dos Olivetanos até 1901. Atualmente estão no presbitério da igreja de Rancurel.
O seu culto foi aprovado pelo papa Pio IX em 15 de abril de 1869. Não obstante Beatriz ter vivido há sete séculos, o seu culto não esmoreceu: após a sua beatificação, em 1897 foi construída uma graciosa capela nos quarteirões de Bessieux, nos arredores de Eymeux. Ela fica em um belvedere que domina Isère e o antigo porto de Ouvey. A capela é rodeada de árvores do Monte Saint-Martin. A construção é até hoje local de peregrinação; todos os anos há uma procissão no primeiro domingo de setembro.
Segundo Margarida, desde o início como monja, Beatriz se destacou pela santidade de vida. Manifestou sempre muita caridade e uma profunda humildade de coração; procurava em tudo ajudar a suas irmãs de religião e manifestou uma grande capacidade para sofrer. Sua obediência extrema e sua fidelidade à vida de oração foram outros aspectos característicos de sua vida. Nosso Senhor lhe concedeu o dom das lágrimas e em tal grau, que esteve a ponto de perder a vista em várias ocasiões. Seu grande desejo foi sempre fazer a santa vontade de Deus. Um dia, diante do Sacrário, pedia a Nosso Senhor que a tirasse do mundo para se colocar a salvo dos contínuos ataques do demônio; porém, uma voz saída do Sacrário a proibiu desejar outra coisa a não ser fazer a vontade do Senhor. Então sentiu interiormente que seu desejo de morrer mudava em um imenso anelo de viver para a maior glória de Deus, e suplicou ao Senhor que lhe concedesse a saúde que em tantos momentos lhe faltava devido a suas numerosas enfermidades. Uma vez mais, a voz do Senhor se fez ouvir dizendo: “Recebe as consolações que te dou e não recuses os sofrimentos que te envio”. A partir de então, dirigida por estas comunicações divinas, não desejou senão aquilo que fosse da vontade de Deus, convertendo-se em um modelo de confiança e de abandono na Divina Providência.
Amou profundamente a penitência, expressão de seu amor pela Cruz. Se entregava a prolongados jejuns e a disciplinas. Foi especialmente devota da Paixão de Cristo e se diz que ela perfurou sua mão esquerda com um cravo para recordar melhor os sofrimentos da crucifixão.
Teve que suportar os assaltos frequentes do demônio, que em especial a tentava contra a virtude da santa pureza, colocando-a diante de representações obscenas, às quais sempre resistiu com invencível pureza de alma e de corpo. Em meio a estes ataques do inimigo e das vitórias da graça, sentia os consolos de Jesus e Maria. Em 1301 foi enviada, com três companheiras (Luisa Allemman de Grésivaudan, Margarida de Sassenage e Ambrosina de Nerpol), a Eymeux, na diocese de Valence, para fundar um novo mosteiro. Depois outras jovens ingressaram no mosteiro, apesar da extrema pobreza em que deveriam viver.
Beatriz faleceu em 25 de novembro de 1303, segundo outros em 1309. Quando duas das suas companheiras de fundação morreram, os seus despojos foram transportados para Parménie e conservados no Santuário dos Olivetanos até 1901. Atualmente estão no presbitério da igreja de Rancurel.
O seu culto foi aprovado pelo papa Pio IX em 15 de abril de 1869. Não obstante Beatriz ter vivido há sete séculos, o seu culto não esmoreceu: após a sua beatificação, em 1897 foi construída uma graciosa capela nos quarteirões de Bessieux, nos arredores de Eymeux. Ela fica em um belvedere que domina Isère e o antigo porto de Ouvey. A capela é rodeada de árvores do Monte Saint-Martin. A construção é até hoje local de peregrinação; todos os anos há uma procissão no primeiro domingo de setembro.