terça-feira, 16 de outubro de 2012

Bem-aventurada Josefina Vannini, religiosa e fundadora


Giuditta nasceu em 17 de julho de 1859, em Roma, Itália.
Aos sete anos, ficou órfã dos pais, Ângelo Vannini e Anunziata Papi, e foi separada dos irmãos. O irmão mais novo ficou com um tio; e a mais velha, com as irmãs de São José; e ela foi enviada para o Orfanato das Filhas da Caridade, em Roma, que a educaram dentro da fé cristã e a prepararam para a vida, com o diploma de professora.
Aos vinte e um anos de idade, ingressou como noviça das Filhas da Caridade, em Siena. Não se adaptando às Regras da Congregação, voltou para o orfanato como professora. Mas sentia o chamado para a vida religiosa, por isso cada vez mais rezava e fazia penitências.
Em 1891, quando estava participando de um retiro orientado pelo padre camiliano Luiz Tezza, agora santo, resolveu aconselhar-se com ele. Esse sacerdote estava encarregado de renovar as Terciárias Camilianas e naquele momento teve uma inspiração: afiançar àquela jovem a realização do projeto. Giuditta, aceitou a tarefa.
Tão logo se confirmou seu temperamento de fundadora e religiosa, o padre Tezza informou à Ordem dos Camilianos e obtivera a autorização do cardeal de Roma para dar seqüência à iniciativa. Em 1892, Giuditta e mais duas religiosas formaram a primeira comunidade da nova família camiliana. No ano seguinte, colocaram o hábito e ela foi nomeada superiora, adotando o nome de Josefina. As Regras da Congregação foram elaboradas e a finalidade definida: dar assistência aos doentes, e em domicílio.
No final de 1894, eram quatro casas de apoio e as dificuldades financeiras, altas. Precisavam da autorização definitiva do Vaticano, com urgência.
Naquele ano, o papa Leão XIII havia decidido não aprovar novas congregações religiosas em Roma. Para as irmãs tudo parecia perdido. Entretanto madre Josefina agiu como fundadora e recorreu ao velho conselheiro, o sacerdote Tezza. Ele, contando com o apoio do cardeal de Roma, redirecionou as atividades das religiosas para uma "pia associação" com dependência total do cardeal, até a aprovação final. Assim, a Obra pôde continuar.
Em 1900, o sacerdote Tezza foi transferido para a América Latina. E manteve apenas uma correspondência epistolar com a fundadora e a Congregação até morrer, em 1923, na cidade de Lima, Peru. Porém o distanciamento do precioso conselheiro não enfraqueceu madre Josefina. Ela manteve o ânimo das demais irmãs e o peso do recente Instituto. Amparada na segurança da ajuda da Divina Providência e confiante na fé em Cristo, levou a Instituição para várias localidades da Europa e da América do Sul.
Madre Josefina, mesmo com a saúde enfraquecida por uma doença cardíaca, visitava as novas casas acompanhando as irmãs, com amabilidade e vigor. Em 1909, depois de tantas resistências, receberam a tão esperada autorização eclesiástica e tornaram-se uma Congregação religiosa com o título de "Filhas de São Camilo".
Após alguns meses de sofrimento ocasionado pela enfermidade, a fundadora morreu em 23 de fevereiro de 1911.
Madre Josefina Vannini foi beatificada pelo papa João Paulo II em 16 de outubro de 1994, data que ele indicou para a celebração da festa litúrgica em sua memória.