A personalidade extraordinária do carmelita Francisco Palau, com seu zelo ardente e combativo pela causa de Deus e da Igreja, faz lembrar a do profeta Elias, patriarca da família carmelitana.
Nascido em Aytona, na Catalunha, Francisco Palau professou solenemente, aos 21 anos de idade, no convento carmelita de Barcelona. Ordenado sacerdote, apoiou com suas pregações os carlistas, então em guerra civil contra os monárquicos liberais.
Possuía um particular discernimento do papel desempenhado pelo demônio no mundo, e empenhou-se para que a Igreja ampliasse o uso do exorcismo como arma espiritual adequada às necessidades dos fiéis. Em conseqüência de suas opiniões religiosas e políticas, foi perseguido e exilado.
Fundou duas congregações religiosas femininas – a das Carmelitas Missionárias e a das Carmelitas Missionárias Teresianas – e duas masculinas, que vieram a se extinguir: a dos Irmãos Carmelitas do Ensino e a dos Irmãos Carmelitas Terciários.
Em 1868, em meio a uma tempestade anticristã e anticlerical, deu inicio à publicação de “El Ermitaño”, semanário religioso, político e literário. Nesse órgão divulgava, acerca do futuro da Igreja e das várias nações européias, análises e previsões de impressionante agudez de espírito. Foi beatificado em 1988.